No Brasil – em média – a cada 650 nascimentos, uma criança apresenta algum tipo de deformidade no lábio, palato ou ambos. Pela localização, estas deformidades podem acarretar inúmeros problemas: de alimentação, respiração, fonação, audição e até dificuldades psicológicas e sociais.
As causas para essas malformações que se instalam por volta do terceiro mês de gravidez são ambientais e/ou genéticas.
Crianças que apresentam algum tipo de fissura labial, palatina ou lábio-palatina, devem submeter-se a um programa de recuperação multidisciplinar com: Pediatra, Cirurgião, Otorrinolaringologista, Psicólogo, Fonoaudiólogo, Fisioterapeuta, Assistente Social, Enfermeira, Odontólogo (Geral e Ortodontista), todos trabalhando em uma unidade com objetivo específico de tratamento integrado e a longo prazo.
Pensando nisso, em transformar vidas, o Dr. Wilson Dewes, junto com outros colegas médicos, criaram a FUNDEF – Fundação para Reabilitação das Deformidades Crânio-Faciais – que possui as seguintes etapas:
– Aos 6 meses fechamento da fenda labial e respectivo palato anterior se fissurados duplamente;
– Aos 18 meses: fechamento da parte posterior da fenda palatina ou toda se necessário;
– Por volta de 6 a 8 anos de idade: eventuais retoques de lábios, columela e em torno dos 11 anos, enxertos ósseos visando a orientação dentária;
– Em torno dos 16 anos: correções de nariz e ainda retoques visando estética e função.
Durante todo este período, pais e familiares recebem junto com o paciente acolhimento psicológico e social.